Todos já devem ter ouvido falar do livro "As mil e uma noites" pelo menos uma vez na vida. Pois bem, eu, assim como tantos outros, já tinha ouvido falar e sempre tive uma enorme curiosidade de ler, então não pensei duas vezes quando vi o livro no sebo e comprei-o.

Vamos lá! Essa edição que eu li não é a original, é da editora Scipione da série Reencontros. Essa série vem trazer ao público infantil/adolescente os clássicos da literatura mundial com uma linguagem muito mais acessível e de fácil compreensão. Ah, e é claro, tirando aquilo ou camuflando tudo que seja impróprio para as faixas etárias abaixo da maioridade.

As mil e uma noites conta é na verdade um livro que narra várias estórias, e essas estórias são contadas por Sherazade. Tudo começa com a narração da história de dois irmãos, que a início nada tem a ver com a moça, e depois de vários acontecimentos, um desses irmãos, que é o Sultão da Indía, promulga uma pena na qual cada noite ele se casaria com uma mulher e no dia seguinte a mataria. Toda a população, conhecendo o Sultão por sua grande bondade, assusta-se com essa lei (e para os curiosos: a lei só foi feita porque este Sultão foi traído por sua esposa). Sherazade é filha do grão-vizir desse Sultão é, num dia qualquer, pede para ser a escolhida para se tornar esposa do Sultão, mesmo sabendo que deveria ser morta no dia seguinte. Ela arquiteta um plano com sua irmã e pela noite, após o casamento, vai para o quarto do Sultão para a noite de núpcias, mas pede para a irmã ir também já que supostamente seria sua última noite de vida. Em uma determinada hora, perto do amanhecer, a irmã de Sherazade pede para que ela conte uma das muitas estórias que conhece.

A partir daí é que começa os verdadeiros contos. Cada noite Sherazade conta uma estória, ou continua a que parou na noite anterior, e assim os dias vão se passando e ela vai burlando a lei. Não passarei desse ponto no resumo da história para não acabar falando o final, então quem ficar curioso, leia, ok?

Agora vamos a minha crítica.

O livro prende sua atenção e as narrações feitas por Sherazade te fazem querer ler mais e mais para saber o fim da estória logo (já que ela acaba fazendo apenas breves narrações para ganhar mais tempo), mas, apesar de tudo isso, este livro não me agradou tanto quanto eu gostaria.

Não foi a escrita, que esta com toda certeza estava impecável. Julieta de Godoy fez um excelente trabalho na releitura deste clássico. O único problema é o costume que eu venho adquirindo com a linguagem um pouco mais rebuscada, mais clássica mesmo, por assim dizer. E também pelo fato de eu saber que também devem ter cortado coisas mais bruscas (como bruscas entendam qualquer coisa que vá contra a moral e a ética) por causa da faixa étaria que trabalha com essa série, então dou um desconto. 

Sendo assim recomendo esse livro para quem está querendo se inserir no mundo da literatura clássica (e qualquer outro livro da série também,  tem grandes autores!) e não sabe muito bem por onde começar ou sabe que vai acabar se "enrolando" com a linguagem clássica. Mas, para quem já está acostumado com leituras mais longas, aconselho ler a edição "normal", ou seja, aquela que ai conter a história na íntegra. Eu pretendo lê-la algum dia, se achar em alguma biblioteca.

Ah, e antes de terminar este post da semana, que pode ser o único ou não, desejo a todos vocês um FELIZ ANO NOVO! Que 2013 traga novos sonhos e esperanças, e que vocês corram atrás desses sonhos, porque não adianta só ficar parado esperando.

Agora vou ficando por aqui. Bonne nuit à tous e au revoir. 


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