Cuidado, contém spoilers!
Ps.: Desculpe a meio que desorganização do texto, mas o blog está de frescura comigo.






Depois de “Senhor dos anéis”, “Harry Potter” e tantas outras coleções que fizeram a cabeça dos 
 adolescentes e adultos durante as décadas, levando-os para uma dimensão que só poderia existir no imaginário dos próprios autores, chega agora mais uma para, futuramente, fazer parte dos grandes clássicos que marcaram história: As crônicas de gelo e fogo.
George R.R. Martin recriou um mundo que existiria séculos, ou melhor, milênios atrás, onde grandes cavaleiros de armaduras e cotas de malha lutavam suas guerras e de seus senhores por mais terras e poder. Onde, no imaginário da população, existiriam monstros que não devem ser nomeados, dragões que destruíam tudo no caminho, e senhores de personalidade forte e implacáveis.
As crônicas de gelo e fogo circulam ao redor da briga pelo poder de algumas das principais casas da série, mas a briga circula principalmente ao redor dos Baratheon, Stark, Lannister e Targaryen.
A estória não fica em torno de apenas um personagem, mas sim de vários ao mesmo tempo. Cada capítulo leva o nome de um dos principais, ou de maior importância, e eles é que narraram suas próprias histórias e conflitos pessoais, mas no inicio da série é dada grande ênfase a Eddard Stark, senhor de Winterfell, amigo de Robert Baratheon, casado com Catelyn Tully e pai de: Robb, Jon Snow, Sansa, Arya, Brandon e Rickon. Cada um desses personagens, principalmente os filhos de Eddard, vão crescendo ao longo da estória e ganhando sua própria importância, mas a primeira vista são apenas crianças que vivem dentro de um castelo e mantêm uma vida “perfeita”.
(Meus capítulos favoritos sempre são os da Arya, Jon, Sansa, Tyrion e Daenerys >_< logo falarei sobre eles também!)
Bem, mas nem tudo circula ao redor da casa Stark. Casas com a Lannister tem personagens que acabam por causar boas e más impressões dos leitores, como a Cersei, Tyrion e Joffrey, este último sendo o filho de Cersei e sendo um dos mais odiados da série, mas não direi o porque.
Alguns personagens que não são das casas principais ao longo da série vão ganhando tanta importância ao ponto de ganhar seus próprios capítulos, como Theon Greyjoy e Davos, no 2º livro (A fúria dos reis) mas não poderei entrar em detalhes já que aqui falo do A guerra dos tronos.
Enfim, vamos à análise de A guerra dos tronos a partir do olhar de Maquiavel, em O príncipe, acerca da luta de poderes.
Primeiramente a paz reina em todos os Setes Reinos existentes. Robert Baratheon ganhou o trono após lutar contra o antigo rei, conhecido por “Rei Louco”. E, como que seguindo os conselhos de Maquiavel, destruiu todos os herdeiros ao trono que pode. Escaparam apenas Viserys e Daenerys, que foram para as Cidades Livres do outro lado do oceano, mas depois de algum tempo Robert decide ir atrás desses também para evitar uma rebelião pela briga do trono. Ele acaba desistindo dessa ideia há seu tempo.
Robert, apesar de fanfarrão e conhecido por bêbado por todos, ganha o amor dos povos conquistados e isso mantem ele no poder até sua trágica morte (ou nem tão trágica assim, considero ela cômica até). Seu filho, Joffrey, então se torna herdeiro do trono, mas por não ter idade suficiente Eddard Stark cuida dos deveres do garoto. Numa tentativa de dar o trono a quem realmente é de direito (Joffrey não é filho legítimo de Robert), Eddard é descoberto e morto como um traidor. Bem, Joffrey acaba subindo ao trono bem antes da idade certa e cometendo atrocidades que o fazem ser odiado por todo o povo.
Maquiavel sempre diz que os reis malévolos acabam por ser odiados, mas entre o amor ou o ódio do povo, é preferível o medo. Era isso que se sentia por Joffrey em Westeros. Medo. Qualquer um que fosse contra suas mais vis vontades poderia ser decapitado como um traidor ao rei e ao reino. Não que eu seja a favor de Joffrey, para mim ele se trata apenas de um garoto que recebeu mimo demais e pouca noção de certo e errado.
Outra coisa que Maquiavel diz é que um rei deve ter sempre seus homens e não lidar com mercenários, já que mercenários se vendem a quem der a maior quantia. Aqui temos um ponto positivo ao Joff. Ele tem a guarda Lannister a seu lado, mas a Guarda da cidade é completamente comprável.
Joffrey nunca se preocupou com os Targaryen restantes, e isso pode vir ser seu fim, já que Daenerys se prepara para atacar do outro lado do oceano. E isso, mas os inimigos que ele já tem em Westeros só dificulta tudo. Maquiavel diria que um rei não deveria ter o ódio de seu povo pois podiam tentar tirar seu trono, e isso é exatamente o que está ocorrendo n’A Guerra dos tronos. A briga pelo trono vai de Norte a Sul, e vários senhores proclamam-se reis. Robb, filho de Eddard, é proclamado o Rei do Norte; Stannis Baratheon, irmão mais velho de Robert, é proclamado Rei da Luz; Renly, irmão mais novo de Robert, também se proclama rei. E do outro lado do oceano ainda tem a Daenerys que se proclama rainha e diz que tomará o trono de sua família de volta.
Já viram a bagunça que vai virando na série, né? E vai indo daí pra pior nos livros.
Bem, agora que me encontro ainda no “começo” d’A fúria dos reis, então vou parando por aqui hoje, para que não fique algo muito grande e cansativo. Para quem quiser saber mais sobre a série a partir dessa visão política, saiu um livro agora tratando do assunto: A Guerra dos tronos e a filosofia. Já ouvi falar muito bem desse livro, então a quem se interessar pelo assunto compre-o.
Agora, até mais ver pessoal!


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